segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Se a vida fosse sempre assim


Se a vida fosse sempre assim
tal como as estações do ano
que alternam só porque sim.
Que seria do ser humano?

Que sentido teriam os gestos
que decidimos pousar
neste ou naquele outro
agora ou noutro lugar
em rostos angustiados
que queremos apaziguar?

Como olhar as estrelas
que tomamos como guias?
Brilham sempre, mas vemos nelas
o horóscopo quotidiano
dando rumo às nossas vidas.

Que faríamos dos sonhos
que sonhamos acordados
enquanto vagueamos
por ruas e caminhos…
Juntos, mas desencontrados.

Como pensar o mundo,
estilhaçado de interesses,
se não estivesse presente
dar a mão a tanta gente?

Que interesse teria a ciência
e demais sapiência
cabimentada em teorias,
como se fossem alegorias
de tantos seres em agonia?

Como pensar o universo
que queremos entender.
Perseguimos o Santo Graal
e a essência do ser humano.
Tudo pela paz universal!

Sim. Que seria do ser humano?

Corpo errante.
Carnaval em folia
…De alma vazia.

OF 19-03-2010
(Publicado na Antologia da Vida da Editora Pensata)

3 comentários:

  1. Lindo poema!:)
    Confesso que os poemas sem rima me prendem mais, mas este, com ela, tb me prendeu, pela temática.:)
    bji, querida

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  2. Este tem, de facto, uma estrutura mais formal, mas saiu, também, naturalmente...Outra temática...
    Cada um deles tem algo do meu EU vivencional...
    Bjo, linda

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  3. Por isso são tão especiais, minha querida!:)
    bji mt gd e que o dia de hoje te sorria

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