Uma vez mais o calendário!
Organizado,
atrativo,
publicitário,
mensageiro
ou apenas datativo.
Hoje assinala
Dezembro, vinte e nove
de dois mil e onze.
Em breve
Janeiro de dois mil e doze…
Gosto de números pares,
evoca-me sensação
de partilha.
O ímpar, solidão.
Sentimento quase palpável
com a palma da mão
no presente das cidades,
no futuro das aldeias,
no agora das ruas
com gente, mas nuas.
Que raio!
Este poema sai ao contrário!
De suposta mensagem de harmonia
e votos de felicidades,
escrevo palavras de agonia
Domestico-me…
No meu parco vocabulário
folheio, como num passeio,
os sentidos positivos.
Procuro objetivos
a traçar em folha branca.
Decido-me…
Em caligrafia primária,
escrevo numa folhinha
uma palavra mágica:
AMIGO,
- acrescento -
SONHA COMIGO!
Neste arremesso de poema, em jeito de votos de um ótimo 2012, expresso o que quero para ti: quando te sentires à beira do abismo, lembra-te que alguém te pediu que pensasses em mim e sonhasses comigo os sonhos que, sozinha, não serei capaz de realizar!