sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quando o tempo me toma e enamora

Amo sentir os momentos em mim,

sensitivos, emotivos, paliativos
de um querer a saber a infinito.
Pois infinitos são os momentos
que num intenso viver os sinto.

Assim como se amam o mar e a areia,
em cúmplices espasmos cadenciados,
assim rodopio na cadência do relógio,
onde o tempo me toma e enamora.

Se os momentos a mim pertencem,
quem poderá julgá-los de pecado
se meus lábios tua sede recebem,
se tuas mãos me efervescem,
se meu corpo em ti se alimenta?

Pecado é a saudade presente,
não amar o ser ausente,
abafar as palavras sofridas,
abafar o fado que me assiste.

Teço mantas de sonho.
Sorrio no teu peito de outono.
Abraço ramos de proibido fruto.
Crio cenários como torvelinho de ideias
e perco-me como marinheiro em sereias…

OF  - 09-10-2013
Foto – Autor desconhecido, 

5 comentários:

  1. os momentos que nos definem
    como verso

    Bjo.

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    1. Obg por estares aqui, amigo Filipe...

      Tenho andado em outras an(danças). Prometo que voltarei ao teu último poema, soube-me a pouco, o comentário que deixei...

      Bjo :)

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  2. Momentos sensitivos em que os seres, gostosamente, se pertencem.
    Criaste um cenário poético empolgante e eu gostei muito de te ler.
    Parabéns, amiga.
    Bjuss :)

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    1. Sempre um prazer ter-te aqui. Obg, querida Teresa.

      BJUZZ em maiúscula, apesar de ainda ser minúsculo o teu Fernandinho :) :)

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  3. "Pecado é a saudade presente,
    não amar o ser ausente"

    Se a saudade jamais existisse, talvez não existisse qualquer outro sentimento. É a saudade que nutre, que desenterra momentos, que se revolta e produz poesias :D

    Uma viagem o seu poema!!
    Boa semana!!
    Beijus,

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